sexta-feira, 28 de outubro de 2011

E você, já arrumou a sua cama hoje?


Inventor do avião, automóvel, Titanic? Criador da Internet, computador ou celular? Não. Gênio MESMO é quem decidiu que todo dia as pessoas devem arrumar a cama. Não assim, só por arrumar... É que há um fator social envolvido no ato de estender lençóis, dobrar colchas, guardar cobertores...

Todos os dias as pessoas dormem na mesma cama. Algumas, no mesmo horário, na mesma posição. Então para que arrumar e desarrumar constantemente se à noite iremos atrapalhar tudo outra vez?

Bem, é simples. Complexamente simples. A cama é o lugar onde todos os cansaços do dia vão parar. O que deu certo, o que deu errado, o que se deixou de fazer... Tudo isso fica marcado em cada dobra no colchão e nos lençóis. Todas as marcas de 24 horas que nos dão a certeza de estarmos vivos.  Imagina se não tivesse surgido a brilhante idéia de refazer a cama? Os cansaços de 365 dias seriam acumulados em um único conjunto de colchão e madeira. Não adianta! A cama desmontaria em um mês. Por isso, surgiu a solução genial em retirar da cama diariamente todas as preocupações, ansiedades, transtornos.

Arrisco a dizer que a cama é a metonímia da vida. É a metáfora que os mais atentos aplicam enquanto acordados. Quando arrumamos a cama, antes de sair de casa, livramos a nossa mente de tudo o que se passou no dia anterior e nos preparamos para um novo dia, como quem prepara uma página em branco para preencher em um texto que amanhã não servirá mais.

Assim como há os que deixam de arrumar a cama por falta de tempo, de interesse ou vontade, há os que deixam de se livrar das velhas mágoas, do passado que, como o nome diz, passou. Essas pessoas, com o passar do tempo, ficam da mesma forma que a cama desarrumada: carregam no rosto todo o peso de não saber recomeçar. É cientificamente comprovado: saudosismo dá rugas.

E você, já arrumou a sua cama hoje?

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