Sou estudante de jornalismo e
acordo, todos os dias, jornalista em construção. De modo que penso e repenso na
minha futura profissão como quem pensa em um filho, um ente querido. É com esse
sentimento que me sento para escrever uma carta a esse meu quase filho:
Filho meu,
Sei que você não é muito chegado
à História. Como todo jovem, você se perde no hoje de forma tão profunda que às
vezes fica difícil olhar para trás. Mas mesmo assim, para começar essa minha
carta, recorro à sabedoria de tempos passados.
Aristóteles, um filósofo que você
já deve ter ouvido falar, deixou a seu filho Nicômaco um manual de felicidade,
cujo nome, certeiramente, ele deu de “ética”.
Sinto que você anda triste,
desencantado da vida. E é justamente o caminho que o filósofo indicou que eu,
que só quero o seu bem, aconselho: ÉTICA. Se ela não é o caminho à felicidade
para os outros, para você, com certeza, ela o é. Mesmo que você encontre meios
mais atraentes, não se esqueça: só a ética levará à calma que você tanto
sonha.
Você anda dramático, meu filho.
Às vezes te vejo falando sem parar de coisas tristes, de violência, de
negatividade. Sei que o mundo que o cerca é repleto de problemas, mas você,
jovem que é, pode contribuir para melhorá-lo, para torná-lo mais humano, ao
invés de apenas contar o que vê?
Agora, falo o mais importante,
por hora:
Fiquei muito triste por você ter
desistido da Universidade. Cuidado com a falta de diploma! ESTUDE muito, meu
filho, para você não deixar a “não obrigatoriedade” do seu diploma subir à
cabeça e se vir, daqui a alguns anos, se vangloriando por ser bom, mesmo sem
ter estudado. Por mais que digam o contrário, se formar em uma Universidade te
dará uma visão crítica mais aguçada, além de ensinar sobre a técnica da
profissão que você escolheu. Você é inteligente, então te pergunto:
Você acha mesmo que 4 anos em uma
Universidade não te fariam um profissional mais preparado? Por isso, reflita,
meu filho. Reflita.
Despeço de você com o coração
apertado.
Espero que faça as escolhas
certas para que se torne o que eu sonhei para você e, dessa forma, contribua
para fazer um mundo melhor.
De sua “mãe” excessivamente
sonhadora, um abraço.
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