quinta-feira, 17 de maio de 2012

Dia de cor



Foto: Jamylle Mol

Preto e Branco é bom em filme antigo, foto do Sebastião Salgado ou coisa assim. Cor, não. Cor é coisa boa. Coisa que faz criança rir e faz adulto virar criança. Cor tem cheiro de domingo na praça, de abraço de mãe, de alegria de acalmar as ideias e as pressas urgentes. Arco íris, algodão doce, carnaval: tudo bem, bem bom. Hoje, 17 de maio, é dia de cor.

Mas há gente que teima em não gostar de gente. Gente que insiste em não respeitar gente. Gente, gente, gente...

Importa mais o que a gente (as gentes?) faz pelo mundo e pelos outros ou a nossa opção sexual?

Incomoda mais ver um casal de mulheres ou uma criança abandonada na rua?
A indignação pelas injustiças todas (e muitas) não ocupa todo o espaço? Ainda assim, há tempo para se indignar com o que é natural? Com o que só faz bem?

Hoje é dia de sair por aí colorindo a cabeça de quem ignora: ignora que o errado é ser contra o amor, o amor dos outros e o nosso. De quem desconhece tanto que crê numa verdade torta, egoísta, cruel. De quem desperdiça o dom que é aceitar o diferente de si.

Hoje é dia de lutar pelo que deveria ser (e é) direito de todos: ser a gente mesmo. E, assim, ser gente. 

Hoje é dia de combate à homofobia.

Colori-vos! 

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