Na calçada de 68 ou na esquina de 85? Em Cuba, no Chile, na Bahia ou na casa do vizinho? Num poema do Neruda ou num afro-samba de Vinicius e Baden? Na novela das oito ou no jornal da tarde?
Há quem diga que já não existem
mais, que são espécie rara em extinção... Alguns juram de pés juntos que se
perderam na história mal contada em um canto do país. Outros afirmam que aparecem
uma vez por ano - em cada fevereiro e carnaval - e desaparecem logo, logo, na
quarta-feira de cinzas: fogo de palha.
Será que estão nas Universidades?
Nas filas dos hospitais? Nas praças e construções? Será, meu Deus, que eles ainda vão às cabines
em dias de eleição? Frequentam, disfarçados, os teatros, cinemas, shows de jazz?
Afinal, onde se escondem os idealistas?
Onde está a geração de “ontem”
que nos deu o futuro de presente? Aposentou as ideologias e as chuteiras no
canto da sala de uma casinha escondida no interior do país? E a geração pré-fabricada?
Venceu antes da data ou apodreceu com o calor dos computadores? Mistério do
planeta.
Idealismo é careta, coisa do
capeta, de Deus ou adeus? Idealismo se faz com pressa ou não interessa o
relógio? Dá pra sonhar alto, pensar grande no trajeto do metrô? E nos
engarrafamentos, dá ou dão?
Sonhar, um segundo, em mudar o
mundo e começar pela rua. Será que é vontade, verdade ou mentira – crua e nua?
Há alguma lei que impeça o querer?
Se há, cadê a graça e a coragem de desobedecer? De ser? Ceder?
Pelo nosso próprio bem, encontremos
os idealistas! Daremos a eles, todos os dias, uma dose de utopia. Deixaremos
que eles pensem que podem voar, que o bem existe para todo mal. Não os impediremos
de sair de casa, de compor canções, de pregar cartazes nas paredes. Não os proibiremos
de indignar com as durezas da história, com as dietas do poder. Quando muito,
continuaremos sentados, rindo deles, que pintam os rostos, defendem uma causa,
que coram de indignação. É tolice e a mesmice é que é a solução?
Recrutem os sonhadores e exilem
os pessimistas!
Idealismo, quando?
Idealismo, já!
Idealismos só existem para jovens que não tem nenhuma preocupação na vida. Depois que se envelhece, em que as responsabilidades de um adulto se tornam presentes, isso só fica como um reflexo de uma rebeldia tipica dos jovens. Lula foi um grande idealista, e hoje, onde está? José Dirceu , Dilma. No fim das contas a instabilidade é que importa
ResponderExcluirUm comentário apenas, em replicação ao desse anônimo mascarado que nem coragem de mostrar seu rosto tem...
ResponderExcluirLula está ex-presidente da república - nada além que a posição política/estratégica/social/e muito mais do país - e é um dos homem mais respeitados do mundo... Só isso, só! Fico por aqui!